segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Proposta para a Primeira Série do Ensino Médio

Leia os textos que seguem:

01) Hamilton (2002: 8) vai apontar para o fato de que muitos dos letramentos que são influentes e valorizados na vida cotidiana das pessoas e que têm ampla circulação, são também ignorados e desvalorizados pelas instituições educacionais: "não contam como letramento „verdadeiro‟". Um exemplo é o internetês que abordamos na Atividade 13, que é usado intensamente pelos jovens fora da escola e, nela, é ignorado ou execrado como degradação da língua. Da mesma maneira, as redes sociais e informais que sustentam essas práticas letradas (por exemplo, as redes e comunidades virtuais de que jovens de todas as classes sociais participam) permanecem desconhecidas e apagadas nas escolas, quando não têm seu acesso proibido, como é o caso da proibição de acesso ao ORKUT e ao MSN em muitas escolas e universidades conectadas.
Essas mudanças fazem ver a escola de hoje como um universo onde convivem letramentos múltiplos e muito diferenciados, cotidianos e institucionais, valorizados e não valorizados, locais, globais e universais, vernaculares e autônomos, sempre em contato e em conflito, sendo alguns rejeitados ou ignorados e apagados e outros constantemente enfatizados.
FONTE: ADAPTADO DE ROJO, R. H. R. LETRAMENTO/LETRAMENTOS: ESCOLA E INCLUSÃO SOCIAL. SÃO PAULO: PARÁBOLA, 2009.

02) A Escola que temos, e aqui estou me referindo à Escola como segmento instituído pela sociedade no século XVII, é a escola que mantém desde o seu “aparecimento” as mesmas linhas a que se destinava: poder disciplinar, poder do conhecimento linear, poder da exclusão.
Sendo assim, mantendo-se desta forma, a Escola que temos hoje se perdeu num redemoinho sem sentido e significado.
Uma vez que o homem se constitui enquanto humano (porque se projeta, porque sonha) como uma instituição que não se projetou através dos tempos, acompanhando todos os processos de transformação que o mundo veio sofrendo, pode servir para formar alguém, formar o famoso “cidadão” que todas dizem querer formar?
A Escola que queremos deveria ser a instituição, que apoiada pela sociedade, quebrasse todos os paradigmas a que está atrelada: preparação para...(vestibulinhos e vestibulares), organização seriada, currículos engessados, livros didáticos, etc.
A escola que queremos deveria ser o espaço onde o conhecimento seria tratado com prazer, sem juízo e sem medida, mas com a certeza do uso imediato para realização de projetos individuais e coletivos.
A escola que queremos deveria ser atemporal.
O professor dessa Escola andaria com uma pequena maleta, de onde tiraria suas aulas, como se tira fantasia ao abrir um livro de histórias.
A escola que queremos deveria ser o lugar de fazer criança sorrir e descobrir que a vida e seus mistérios cabem na ponta da língua e na palma da mão.

03) "Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Esta é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado." (Paulo Freire)

04) "O aluno que pesquisa não só aprende melhor a reconstruir conhecimento, como principalmente arquiteta sua autonomia, no sentido da cidadania ativa cientificamente bem fundamentada (Calazans, 1999; Salomon, 2000)" (in Pedro Demo)

05) "À medida que o aluno aprende a pensar, argumentar, questionar, contra-argumentar, escutar com atenção, responder com elegância e profundidade, não está apenas fazendo conhecimento, está igualmente construindo sua cidadania. Não se trata apenas de cidadania comum, mas daquela que se organiza com conhecimento de causa, produz e usa conhecimento para intervir, orienta-se pela informação mais atualizada possível, alcança colocar as questões pertinentes e as enfrentar." (Pedro Demo)

Com base na coletânea acima e nos textos estudados nas aulas de sexta-feira (02/09), redija um artigo de opinião a partir do tema :

A ESCOLA QUE TEMOS E A ESCOLA QUE QUEREMOS: COMO SONHAR E REALIZAR UMA EDUCAÇÃO SIGNIFICATIVA NAS ESCOLAS BRASILEIRAS  

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