domingo, 23 de outubro de 2011

"Como as estrelas na Terra"



Hoje tive grata emoção ao assitir ao filme indiano "Como as estrelas na Terra", uma indicação da Mônica, mãe da Marini, do sexto ano. Acrescento que acredito em histórias como essa, para mim são mais reais do que fruto da ficção.
As escolas por aí estão cheias de crianças que precisam de atendimento especial, e há também muitos professores apaixonados pela docência, por isso ainda há muita história de vida que se altera pelas vias da educação.
Docência não é dom, mas para se chegar a ser educador de verdade há de se ter muita paixão pelo aprender.  O conhecimento está posto no mundo, por e em tudo se constrói aprendizados.
No entanto, nem sempre essa atividade do "aprender a aprender" é fácil, é lúdica, é branda.  Um professor não  sai "pronto" da faculdade e um diploma não lhe garante o status de "educador". As faculdades distribuem no mercado todos os anos, semestres, licenciados, mas a formação efetiva ocorre na prática, à medida que se desenvolve um olhar especial para a profissão. Há muita gente que "dá boas aulas", que domina "boas regras" e transmite "fáceis macetes". Desculpem-me os que acreditam que isso é "ser bom professor"... Minhas convicções vão além da transmissão de conteúdos... Acredito piamente na educação que marca vidas, e não pontos numa caderneta... 
Educar, nessa minha idealização de ensino, dispensa "aula show", não faz com que seja questão primordial para mim ser "a professora pop", mas me envereda por caminhos do estudo junto com meus alunos, faz-me buscar o novo, permite-me aprender junto com eles, coloca-me como pessoa humana e, por isso, suscetível ao erro, mas sempre disposta ao acerto, exige de mim um compromisso inadiável com o sucesso dos meus alunos, coloca-me a urgência de conscientizá-los: "a vida exige bastante da gente"... Por isso, temos que buscar sempre...
O filme ensina que ninguém precisa ser exímio em tudo, mas que a gente tem que buscar o nosso melhor, através das habilidades que desenvolvemos, muitas vezes sozinhos. O objetivo deve ser um só: aprender para ser!
A Mônica, ao indicar a história, teve um objetivo, mas esclareço que ele vai muito além do que a princípio ela pode imaginar. Querida Mônica, você me fez chorar bastante!!! Mas foi um choro muito bom, daqueles que me alimentam das certezas que carrego na minha alma. Eu acredito demais na profissão que escolhi, nos princípios que estabeleço, nos sonhos que alimento. Por mais difícil que seja, por mais árduo, vou escolher sempre agir conforme o que acredito... Penso que quem opta pelos "caminhos mais fáceis do ensinar" atinge a popularidade, mas os que percorrem as vias do transformar pela educação receberão, mais tarde, o reconhecimento... E reconhecimento é algo impagável, porque é prova concreta de que vidas foram tocadas.
Mais uma vez, agradeço pela indicação que se tornou um presente no meu domingo e na minha vida... 
    

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